quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Três Westerns "Bs" dos bons.




Já disse uma vez: quando estou meio entediado e sem ânimo para certos filmes, só mesmo um bom e velho faroeste para me animar e relaxar. Definitivamente não canso do gênero e sempre descubro novos diretores e filmes. Delícia. Minhas atuais , digamos, paixões são os faroestes da era de ouro do filme B americano: Lesley Selander e William Witney. Do último comentei um filme de gangsteres. Ainda vou falar de alguns dos seus westerns. Do primeiro pude já tomar contato com três obras da sua imensa filmografia. O cara fez mais de 150 filmes. Dirigiu westerns a perder de vista, seriados e outros gêneros típicos do cinema B. Selander, ao contrário de alguns diretores que iniciaram a carreira nos estreitos limites do B, nunca saiu daí e ficou toda sua carreira- longa-, confinada nos filmes de baixo orçamento. E mesmo com os orçamentos pífios, os atores de terceira linha e a falta de recursos naturais ao cinema B, Selander demonstrou talento acima da média. O primeiro filme que assisti do diretor, o western ““ Panhandle “com Rod Cameron (ator prolífico), que se destaca pelas excelentes sequências finais: o duelo se realiza em meio a uma violenta tempestade e é encenada com maestria e originalidade. Detalhe curioso: o diretor Blake Edwards – de “Pink “Panther ”e “The Party”, além de atuar no filme, como um pistoleiro, é um dos roteiristas da película. O filme foi realizado em 1948 e foi exibido nos cinemas e matinês com o título de “Expiação. Realizado em 1956 “Broken Star”, sem dúvida um faroeste que poderia qualificar de obra-prima. As sequências iniciais reafirmam o talento visual de Selander: é mais de cinco minutos em absoluto silêncio, aonde o espectador acompanha um xerife, vigiando uma casa no meio de uma paisagem desértica. A trama é adulta e austera: corrupção, amizade estão em jogo na história de um xerife corrupto, assassino e ladrão. Um rosto conhecido se destaca: Howard Duff. Uma surpresa das boas esse filme. “The Yellow Tomahawk ”“ é de 1954 também surpreende pela temática adulta pela temática adulta e pró-índio, raras em faroestes B. Quem está familiarizado com o gênero, percebe na história semelhanças com filmes como “The Last Frontier” (Anthony Mann) e “Indian Fighter “(André de Toth), que abordaram também os conflitos entre índios e brancos. No caso aqui do filme de Selander temos a mesma situação do herói, dividido entre a amizade com os índios e a sua condição de branco. É claro que no meio disso, pra piorar, temos um Militar louco, que só deseja massacrar os índios. No Brasil foi exibido com o título de “Machado Sangrento”. No elenco o destaque é o sempre ótimo Rory Calhoun.

Um comentário:

Viviane Wehdorn disse...

Eu nunca fui fã de filme B. Na verdade, eu mal me atentava para o fato de que eles existiam. Eu ficava no meu canto, com o cinema clássico hollywoodiano e os filmes Bs ficavam em seus cantos, com suas produções baratas.

Mas não é que os filmes Bs começaram a "invadir" o meu canto e, surpreendentemente, estou me afeiçoando a eles? Fora que minhas visitas a esse cantinho aqui estão mais frequentes.

Adoro!!!