terça-feira, 8 de novembro de 2011

Violent Midnight - 1963

Esse negócio de um filme puxa outro é mesmo uma curtição e fico mesmo feliz quando estou caçando um determinado filme, ou simplesmente pesquisando alguma coisa, e trombo com um como este aqui, que veio assim por acaso, e felizmente foi até fácil de achar, depois que me despertou a curiosidade. O nome nos créditos de Del Tenney poderia talvez haver despertado interesse antes, mas realmente o filme não tinha me atraído. Aqui ele está nos bastidores apenas, enquanto produtor. Como diretor foi um dos muito picaretas infames e sensacionais que inundaram os drive-ins nos anos 60 com tosqueiras monumentais e absurdas, da mesma cepa de Ron Ormond, Al Adamson, Ted V.Mikels e muitos, muitos outros.
A direção de “Violent Midnight” ou Psychomania, como é conhecido também, coube a Richard Hilliard, com apenas 6 filmes no currículo, todos nessa esfera B e exploitation. Evidente que a inspiração do filme veio de “Psicose’ de Hitchcock, lançado alguns anos antes. Mas contem muitos elementos originais e que prenunciariam, por exemplo, o “giallo” italiano e os filmes slasher, que ainda fazem sucesso, tipo “Pânico”, para citar um recente.
Elliot(Lee Philips) é um milionário, veterano da guerra da Coréia, vive recluso em uma casa de campo, e dedica seu tempo a pintar mulheres nuas. O retorno da irmã, que não via há muito tempo, desde que o pai morrera num tiro acidental durante uma caçada, parece uma oportunidade para o misantropo artista voltar a perceber a beleza do mundo ao redor. No caso, belezas, pois a irmã vai morar num colégio interno de garotas, uma das quais é chamada de Lolita. Dolores, modelo dos quadros de Elliot, é assassinada de maneira brutal por um psicopata. As suspeitas recaem sobre Elliot e também sobre o namorado da moça, um funcionário da lavanderia e tipo rebelde sem causa, presença comum nos filmes B daquela época, interpretado aqui por James Farentino. Outro suspeito dessa morte e das que se seguem, é o professor da escola, Melbourne, um tarado clássico que dedica seu tempo a espionar as mocinhas nuas no vestiário ou quando estão nadando em um rio nas cercanias da escola. E entre as garotas se destaca a lépida e sexy Alice (Lorraine Rogers), maior responsável por aumentar a voltagem erótica do filme. Para os padrões da época o diretor fez o que pode para explorar a sensualidade das atrizes, e deixa o filme com cara das produções sexploitation que seriam comuns posteriormente. Um thriller com boa atmosfera, violento e sexy, uma bela fotografia em preto-e-branco, excelente trilha sonora misturando jazz swingado e rock’roll, além de oferecer um painel convincente de uma pequena cidade do interior da Nova Inglaterra nos anos 60. Ou seja, Richard Hilliard, realizou um filme que merece atenção no panorama do filme B dos anos 60.


link do filme abaixo:
http://www.fileserve.com/file/A7NZDet/Violent_Midnight_1963.avi

Um comentário:

Andrigo disse...

Olá, amigo. Adcionarei seu link aos parceiros. Muito interessante teu blog!