sábado, 2 de julho de 2011
Who Killed Teddy Bear- 1965
Sem dúvida um dos filmes mais curiosos do cinema americano dos anos sessenta. Ninguém havia transposto para as telas daquele cinema sempre tão careta, digamos assim, um catalogo de taras sexuais: lesbianismo, voyeurismo, pedofilia, masturbação entre outras coisas. E como cenário a Nova York das cercanias da 42street com seus sex-shops, prostitutas, livrarias e cinemas grind-house. Sal Mineo, em franca decadência, interpreta um barman, que vive com uma irmã meio retardada, e tem obsessão pela DJ da boate aonde trabalha. Falando em DJ a trilha é muito boa, com uns roquinhos sixties safados e obscuros: pena que não consegui encontrar a trilha em nenhum lugar. E os números de dança são impagáveis.
O rapaz sofreu abuso sexual na infância e começa a fazer telefonemas sacanas à mocinha DJ. Um detetive obcecado por taras sexuais e que passa as noites ouvindo fitas de tarados ( tudo ao lado da filhinha!), entra em cena tentando pegar o tarado. Mais esquisito impossível. A proprietária da boate onde os dois trabalham é uma tia com inclinações sáficas e tem uma queda pela mocinha.
O filme é bastante desigual, como seria de se esperar numa produção exploitation americana: interpretações canhestras, diálogos artificiais entre outros defeitos. O glamour dos personagens é zero, isso acaba até sendo interessante para o clima ambíguo e sórdido da narrativa. A fotografia em preto e branco revela uma New York igualmente despida de glamour. A direção foi de Joseph Cates, mais afeito à televisão e tendo realizado poucos longas, consta em seu currículo outra boa produção “Girl in the Night” de 1960, que ainda não pude conferir. Além de Sal Mineo o elenco tinha Elaine Stritch, comediante até a poucos anos ainda estava na ativa, Juliet Prowse, no papel da mocinha DJ e Jan Murray.
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