quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

I Walk the Line - 1970


Em um cafundó no estado do Tenessee um xerife aparentemente sério e incorruptível: Henry Tawes ( Gregory Peck), quarentão, casado, uma filha. A cidade pequena, monótona como seria de se esperar cujas únicas diversões um pub sem graça e assistir filme no drive-in. Tudo parece imutável até que surge diante dele um carro em alta velocidade, e sai então em seu encalço e tudo vira de cabeça para baixo numa fração de segundo. Alma McCain(Tuesday Weld), filha de um moonshiner (assim eram chamados os fabricantes de uísque ilegal )o seduz e o arrasta para o terreno movediço das incertezas. John Frankenheimer foi um diretor com algum conceito na década de 60 graças a dois thrillers que foram metáforas perfeitas para a paranóia comunista: “The Manchurian Candidate” e “Seconds”. Originário da televisão acabaria retornado á ela após alguns fracassos nos anos 70, encerrando a carreira quase no limbo. Esse filme aqui é considerado como um dos seus inúmeros fracassos. E as opiniões a respeito dele são divergentes: para uns um desastre, para outros apenas um filme razoável prejudicado pela atuação de Peck. De minha parte um filme melhor do que o esperado, retratando muito bem alguns aspectos de uma cidadezinha do sul dos EUA, com toda a hipocrisia, racismo latente, miséria, monotonia e indiferença. E de quebra as ótimas imagens são pontuadas pela trilha sonora composta por canções do monstro Johnny Cash. No Brasil o filme foi exibdo com o título de "Os Pecados de um xerife".

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