domingo, 17 de junho de 2012
5 tombe per un medium - 1965
Um post ainda marcado pelo luto diante do falecimento de Carlos Reichenbach. No meio da década de 60 o terror italiano já estava consolidado enquanto gênero, com todos os vícios e virtudes. A musa maior na Itália , que curiosamente era inglesa, a atriz bárbara Steele, já estava no entanto em de suas fases de tentar escapar das convenções góticas , o que ela faria inúmeras vezes sem sucesso antes e depois desse filme. Só mesmo já aposentada é que ela capitalizaria a fama alcançada nesses filmes e aceitaria a sina que lhe coubera na história do cinema. Esta viva, firme e forte, e sempre participa de convenções dedicadas aos filmes de terror. Aqui uma produção que terminou em confusão: o diretor Massimo Pupillo, após o fim das filmagens renegou o trabalho, que acabaria assinado pelo produtor Ralph Zucker. O fato geraria uma eterna confusão com muitos achando que este não passava de um pseudônimo do diretor, ainda mais que ambos faleceram em 1982 ! No elenco outro ícone do terror italiano dos anos 60 , que curiosamente também não era de nacionalidade italiana, o alemão Walter Brandi.
A ficha técnica anuncia que o roteiro foi baseado no mestre supremo Edgar Allan Poe , porém não encontrei referência a nenhum conto que teria inspirado diretamente o filme. Caso alguém saiba, por favor, me informe, já que não conheço toda a obra do autor de “O Corvo”. Mas vamos ao filme propriamente dito que é bem interessante. A trama - ambientada nos primórdios do século 20 - tem um começo à moda de Drácula: um advogado recebe uma carta solicitando a presença dele para resolver pendências de herança. Ao chegar ao castelo, de propriedade do remetente, um médico fascinado por magia negra, descobre que o dito cujo era morto há exatamente um ano, e só encontra a viúva, interpretada por Bárbara Steele, e a filha do falecido, Corinne (Mirelle Maravidi). A boa premissa inicial evolui para maldições, catacumbas, um criado corcunda que vaga pelos corredores, aparições misteriosas, mortes e reviravoltas em meio a trovoadas, raios e as indefectíveis portas que batem. Gótico puro, com toques surreais e o final extravagante. Para o nosso deleite somos brindados ainda com uma breve cena de nudez de Bárbara Steele: uma epifania, realmente. O filme caiu em domínio público e pode até ser encontrado no youtube ou em sites que compartilham filmes de domínio público.
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