terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Flesh Feast - 1970


Ao contrário do que muitos pensam - se é que alguém se importe com isso -, só comento filmes que considero relevantes de alguma maneira. Não tenho paciência com aquela história de curtir filmes trash, bombas e etc, apenas por isso. Se é trash, mas é chato, é um filme ruim e pronto. Já fui “crítico” e, atualmente tenho urticária de filmes pretenciosos e artísticos, digamos assim. Enfim cada um na sua. Este espaço é para relembrar com bom humor filmes que talvez merecessem lembranças maiores. Mas eis aqui eu me debruçando sobre um filme ,que não resta a menor dúvida, é sério candidato ao pior filme de todos os tempos. O que só por isso já mereceria minha atenção, é óbvio. Mas a razão da lembrança é a presença ilustre da deusa do cinema noir dos anos 40/50 Veronica Lake. Loura, baixinha e com sérios problemas mentais, além de abusos de álcool e outras substâncias, faleceu com apenas 53 anos em 1973, em completa decadência em Miami. Triste. E como já relembrei comebacks esdrúxulos aqui de divas de Hollywood, caso de Jennifer Jones, em “Angel, Angel Down We Go ” e Carrol Baker em “Bad”, este não poderia faltar. Sim, pois o filme em questão foi a despedida das telas da loura fatal. Ou melhor, uma tentativa espúria e deprimente de voltar ao cinema. Produção dela mesma, como se pode ver nos créditos. Um medonho, bizarro epitáfio. No papel de uma cientista, que sintomaticamente acaba de sair de um hospício, e volta para casa e se dedica a descobrir a fórmula da juventude utilizando larvas, que se alimentam de carne humana. Nem precisa dizer que corpos desaparecem dos hospitais, e há um jornalista abelhudo, que investiga o caso. A mansão onde tem o laboratório serve também como uma pensão para enfermeiras gostosas, obviamente. O que não faz muito sentido. Aliás, o que faz sentido no filme? E a casa então é invadida por um grupo de sinistros hispanos nazistas (?) que pretendem trazer o chefão para uma operação de rejuvenescimento. E adivinhe quem é o tal chefão?

Nada mais, nada menos que Adolf Hitler, que não havia morrido e precisava de uma cara nova. O problema, para mim, não é essa trama absurda, que em boas mãos seria divertida. O problema mesmo é a direção de Brad F. Grinter, de uma incompetência que beira o surreal. E a pobre Veronica, do alto dos seus 50 anos – estranho dizer isso, pois ela era baixinha – sabe-se lá como ainda consegue atuar em meio ao bando de zumbis que o diretor colocou para contracenar com ela

Um comentário:

Pedro Dantas disse...

Olá, onde você conseguiu ver esse filme? Tô procurando mas não acho