sábado, 19 de outubro de 2013
Cry for me Billy - 1972
Western é um gênero infelizmente morto, não se adaptou á
lógica sinistra dos blockbusters. Uma pena. As tentativas recentes de revive-lo
foram desastrosas, só para lembrar “The
Lone Ranger” e “Aliens and cowboys”. Nos anos 70 as produções já rareavam, mas
aqui e ali obras primas surgiram já adaptadas
ao universo da contracultura, ecos de 68, conceitos anticapitalistas e uma visão holística e tolerante
com os índios e minorias. É nesse contexto
que este pequeno e obscuro filme está inserido. O título quase me enganou acreditando
que estava diante de mais uma versão da vida de Billy the Kid. Longe disso. O
que temos é um western melancólico e outonal, na linha dos filmes de Monte Hellman ,Peckinpah e Boetticher. Billy,
um pistoleiro errante salva uma índia apache de alguns soldados . Ambos iniciam
uma jornada sem rumo pelo deserto, e pouco e pouco, como seria de se esperar
uma relação se estabelece entre eles. Nenhum otimismo, contudo, e a tragédia
não vai tardar em se abater sobre este amor maldito. O erotismo é componente
forte no filme. A índia passa boa parte do filme nua, e as cenas de sexo são graficamente
fortes. O espectador está diante de um faroeste exploitation de certo
modo. Maria Potts, a índia, era dublê e só
atuou em três filmes. O trabalho aqui foi fácil, pois não abriu a boca
em nenhum momento, limitando-se a gemer, grunhir e ficar nua. O mesmo sobrenome
do ator principal entrega que eram casados fora das telas. No elenco a presença
sempre carismática de Harry Dean Stanton, que infelizmente só dá as caras no
inicio e no fim do filme. William Graham ,o diretor ,teve carreira longeva
dirigindo episódios de séries de TV,
este foi um dos seus raros trabalhos para o écran. Um pequeno western que se não chega a ser brilhante merece uma conferida. Existe um torrent dele ainda com seeds: http://thepiratebay.sx/torrent/8744441/
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