sábado, 8 de dezembro de 2012
Captive Women - 1952
Normalmente comento filmes que gostei muito no blog. Não é caso desse aqui , pouco mais que passável. No entanto apresenta itens que o tornam digno de uma lembrança. Trata-se, por exemplo, do primeiro filme que retrata um futuro pós-apocalíptico -os títulos alternativos do filme são 3000 AD e 1000 years from Now-; outro detalhe digno de nota para mim: foi a estreia na produção de Albert Zugsmith, um dos monstros sagrados do filme B como produtor ,diretor ocasional e ídolo do blog. Apesar de tantos méritos permanece quase inacessível: nunca ganhou edição em DVD, e poucas vezes foi exibido na TV americana. A única, e sofrível cópia disponível, está no Cinemageddon e veio de um VHS. O título sugere uma produção exploitation. E foi essa mesmo a intenção dos produtores quando o relançaram com este título que está na resenha. Pelo que li em uma entrevista dada por Albert Zugsmith foi ideia de Howard Hughes, proprietário da RKO, que julgou o título mais sugestivo e apelativo. Não adiantou muito: nenhum sucesso e o rápido caminho para o olvido quase completo mesmo tendo sido uma produção da gigante dos Bs, a RKO. Como curiosidade extra o fato de que toda a equipe, produtores e elenco, participaram do filme “The Man from Planet X” de Edgar Ulmer, realizado no ano anterior. Infelizmente este não aceitou dirigir “Captive Women”. O diretor de “Naked Dawn” e “Detour” era um gênio na arte de trabalhar com orçamentos exíguos e teria certamente realizado um filme mais interessante com o material.
Todos os filme que abordam o futuro, ainda mais os mais antigos, são naturalmente ótimo material para reflexões. A trama é ambientada em uma Nova York em ruínas depois de uma guerra nuclear. Três tribos dividem o terreno : Norms, Mutataes eos Upriver people. A mais hostilizada e marginalizada, os mutataes sobrevivem escondidos nos tuneis da cidade em ruínas. Alguém disse que a terceira guerra mundial será lutada com paus e pedras. E aqui é o que temos: os guerreiros do futuro regrediram aos tempos medievais e tem como armas apenas facas, arcos e flechas e pedras. Em termos religiosos tantos séculos depois e a religião cristã permaneceu a mesma, o que é espantoso. Não se vê negros em cena, o que faz supor que eles foram exterminados. Um filme , enfim, curioso e que merece uma edição decente num futuro próximo.
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