sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Embrujada- 1969
Armando Bo, o Russ Meyer dos pampas, realizou com sua musa Isabel “La Coca” Sarli, 27 filmes ao longo de mais de 20 anos de parceria. O título aqui em questão “Embrujada” pode ser qualificado como bizarro, esdrúxulo, extravagante, qualquer um desses adjetivos serviria para defini-lo. A verdade é que se trata de um filme único do duo Bó – Sarli, pelos elementos fantásticos na trama que se desenrola nas cercanias das cataratas de Iguaçu. Sarli está á vontade no papel de Asinsé, esposa de um rico madeireiro, que deseja engravidar de qualquer maneira. Só tem um porém: o marido, além de mais velho, é impotente, e veremos depois no decorrer do filme, que gostava mesmo era de ficar ao lado do capataz fortão. Para solucionar o problema ela começa a se oferecer para qualquer um que estivesse mais próximo, chegando ao cúmulo ir para um num bordel. Cai de amores com um dos empregados, interpretado por Victor Bó, filho do diretor, mas a relação começa a desandar quando entra em cena o Pampero, uma entidade mitológica com cara de diabo, que começa a assediar a voluptuosa. Os habituais banhos de Isabel não poderiam faltar: fico imaginando quantas punhetas os argentinos e latino-americanos não bateram por elas. Para narrar esse colosso Armando lançou mão de tudo que pôde: trechos de outros filmes foram descaradamente inseridos, além de cenas reais de uma viagem à China realizada por Sarli; e a montagem parece que foi feito por alguém meio doidão. Na trilha músicas brasileiras cantadas por Agostinho dos Santos, e uma versão muito boa de “Upa neguinho”, que creio foi executada pelo Luis Loy Quinteto.
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