quarta-feira, 14 de maio de 2014

Fortress of the Dead - 1965

De volta após um hiato com este pequeno filme.Produção quase perdida no tempo, difícil  de encontrar, mas felizmente com  edição da Sinister Cinema e pode ser  encomendada  na Amazon.  Por aqui ,obviamente ,continua inédito. O  esforço pode valer  a pena  para aqueles que desejam conhecer um filme simples, eficiente e com alguma dose de inteligência. O espectador está diante de uma boa lição  de como criar um clima sufocante e de pesadelo quase sem recursos e efeitos especiais para contar uma boa e velha história de fantasmas. Mas  defini-lo no gênero terror  não é simples pois ele é também um drama psicológico de guerra e o  terror sutil e terrível é todo ele construído de ambiguidade ,atmosfera e sugestão. São apenas cinco atores em cena, movendo-se em um ambiente natural e  nenhum efeito além de alguns ruídos no escuro . E, no entanto deixa em nós ao final uma profunda  e triste impressão. John Hackett interpreta um ex-combatente da segunda guerra mundial que volta depois de vinte anos  ao local de seu grande trauma na vida:  em uma ilha das Filipinas causou involuntariamente , por covardia e medo, a morte de todos os seus amigos durante um combate contra os japoneses.  O peso das memórias o força a reencontrar seus fantasmas no cenário agora em ruínas de Corregidor. E ao chegar logo percebe: os fantasmas podem ser reais e cobram a dívida da velha atitude de covardia. Onde a redenção? Ferde Grofé  Jr fez carreira como  produtor e roteirista de produções insignificantes e este foi seu primeiro trabalho para o cinema. Foi realizado ao que tudo indica em 16mm, provavelmente na intenção de vende-lo para alguma televisão como um caso especial à maneira de “Além da Imaginação”, com o qual alguns observaram semelhanças  temáticas . Sua obra seguinte não justificou o talento demonstrado aqui ao que tudo indica e permanece, como este filme, obscura.

4 comentários:

Naara Martins disse...

Que bom que você está de volta com mais um filme obscuro! Já estava com desanimo achando que mais um ótimo blog ia ser desativado.

fernando fonseca disse...

obrigado, andava meio sem tempo e desanimado.

Marcos disse...

Olá Fernando,

Sou leitor do chiados e canudos e sou cinéfilo de carteirinha. Eu estou mandando esse email porque estou trabalhando numa empresa que desenvolveu um portal sobre cinema - o Cinema Total (www.cinematotal.com). Um dos atrativos do site é que você cria uma página dentro do site, podendo escrever textos de blog e críticas de filmes. Então, gostaria de sugerir que você também passasse a publicar seus textos no Cinema Total - assim você também atinge o público que acessa o Cinema Total e não conhece o chiados e canudos.

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Um abraço,

Marcos
www.cinematotal.com
marcos@cinematotal.com

André Luiz Pereira t disse...

Vi esse filme no SBT por volta dos anos 80. Era muito reprisado principalmente nas madrugadas. Posso atestar que é um ótimo filme, o qual não merece a condição de ostracismo que ocupa. Parabéns pelo texto.