terça-feira, 6 de março de 2012

The Night God Screamed - 1971


O penúltimo filme de Jeanne Crain, uma das divas menores do cinema americano clássico nos anos 40 e 50, que como outras que já lembrei aqui anteriormente, acabaram em filmes Bs. Menos mal que ao contrário do vexame da lourinha Veronica Lake em “Flesh Feast”, por exemplo, estrelou um filme de méritos. O diretor Lee Madden foi mesmo um especialista em “biker’s movies” – gênero que teve o auge com “Easy Rider” – e nesta seara realizou um filme estrelado pelos Hell’s Angels, entre outros. Aqui o universo retratado, apesar de tudo, dos não difere muito daquele dos motoqueiros, pois estamos diante de uma trama que envolve hippies fanáticos e religião. Fanny (Jeanne Crain) e o marido decidem mudar o foco do negócio a que se dedicavam. Ele, um pastor, decide abrir uma igreja imaginando que assim poderia faturar mais, já que o negócio de servir comida para pobres não ia lá muito bem. No caminho para a nova cidade cruzam com um grupo de hippies de uma seita religiosa. O líder do bando - a cara de Jesus Cristo - fica fascinado pela cruz que o pastor ia utilizar para decorar a nova igreja e resolve fazer uma visita “cordial” durante o primeiro culto. Quando o pastor fica sozinho é atacada pelos hippies e crucificado na cruz. A esposa, escondida, presencia toda a horrível cena e durante o julgamento, com seu testemunho, provoca a condenação à morte dos loucos. São óbvias as referências ao caso Charles Manson que abalou a contracultura americana nos anos 60. A condenação deles vai significar o início do pesadelo para a viúva do pastor. Aceita um convite de trabalho: o juiz do julgamento lhe oferece um emprego de baby sitter dos filhos marmanjos. O orçamento modesto acabaria possibilitando ao diretor se utilizar da sugestão, fugindo de soluções óbvias, quando os seguidores do hippie cercam a casa e passam a aterrorizar Fanny e os filhos do juiz. O final é ambíguo e surpreendente Um pequeno e singular filme de terror que aguarda uma revisão mais atenta.

Um comentário:

Anônimo disse...

se não exploitation, pelo menos fustiga nesse sentido... falando nisso o que acha do neo--- nude nuns with big guns, hobo with shotgun e run baby run? -abraço