segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Guns, Girls and Gangsters - 1959


Existiu Marilyn Monroe, existiu Jayne Mansfield, e existiu Mamie Van Doren. Elas foram as 3 M’s do cinema americano dos anos 50 e 60. Frisemos que a última, estrela do filme objeto dessa resenha, ainda está viva, forte e até pouco tempo ainda aparecia em Las Vegas. Maravilha. E, como tantas outras, ganhou sua chance no cinema pelas mãos do bilionário maluco Howard Hughes, e claro, se tornou sua amante. O começo foi meio rotineiro, mas a partir dos anos 50 conseguiu se destacar, ainda que a Fox tenha lhe impingido a imagem de uma imitadora de Marilyn Monroe. Mas a lourinha achou o nicho em filmes pequenos de temáticas variadas, mas principalmente focando na delinquência juvenil, no rock’roll, e também ficção científica e terror. Teve a honra de ser a primeira cantora a cantar um rock em um filme em 1957, e só por isso já mereceria a glória. No auge foi apelidada de “Atomic Blonde”. E neste filme B aquifoi um dos seus melhores trabalhos. A direção coube ao subestimado Edward Cahn, mais de 50 filmes no currículo sempre no universo dos filmes B. Fez de tudo: musicais, noir, terror, ficção científica, faroestes, capa e espada. Fantástico mesmo. Este filme é provavelmente o momento máximo na sua trajetória. Um B perfeito: péssimos atores – à exceção da nossa loura da vez -, história rápida, sem delongas psicológicas, mas extremamente eficiente e com bons diálogos, diga-se passagem, com direito até a piadinhas sobre filmes Bs. Mamie é Vik Victória, uma cantora de nightclub em Las Vegas, e namora o gangster proprietário do local. Só que ela é casada, mas o marido, interpretado pelo futuro Sartana dos spaghetti Lee Van Cleef está enjaulado. E aparece Chuck, um ex-presidiário que procura a loura para ajudá-lo a convencer o namorado gangster com um plano sensacional: assaltar um carro forte e roubar 2 milhões de dólares. Uma trama com semelhanças com outros clássicos de roubos, como “The Killing” de Kubrick, e “The Asphalt Jungle’ de John Huston. Tudo ensaiadinho e preparado para o golpe, eis que o marido bandido escapa da cadeia e aparece para bagunçar os planos de Chuck, que a esta altura já estava amarrado na loura chave-de-cadeia, mas de bom coração. Uma narrativa em off, à moda de um cinejornal , vai relatando toda a história, que como seria de se esperar termina em sangue e nada, o rio de dinheiro não passou de uma miragem, um sonho, que acabou em pesadelo para a garota, e os gangsteres.

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